14 de novembro de 2014

A busca do suave concreto

Concretista poeta
Veja ao seu redor
a vida      assim
não é       racio
nal e não precisa
forma      ou sen
tido,      amigo.


nunca       achou
algum       lugar
que te deixou con
tente, assim, de
pente   e    isso
desa        ponta
ponta       ponta
 ont         ont
  n           n


Tudo que procurou
agora    abstraiu
tudo        o que
alme          jou
não          mais
quer,        tudo
o que       achou
jamais o serviu e
por fim, desistiu.


Até certo dia ele
Notar que estava
ali em      baixo
de seu      nariz.
Assim       o con
creti      no poet
ista achou o que
queria e
depois de/mente
tanto     pode
tempo     enfim
assim     ser 
Final     Feliz.

2 de novembro de 2014

Mar e Mar

Um ama a água
Uma ama o ar
Opostas correntes
Dispostas a se amar

Ambos se juntam
A água e o ar
A cria é a mais bela
A onda do mar

Grande e formosa
Sua crista a brilhar
Açoita a ventania
Se recusa a quebrar

Corre, corre 
A grande onda
Até não poder mais
A crista se quebra
Não chegará nem ao cais

A água cai a cá
O ar sobe acolá
E tudo aquilo que havia
Agora não há

Mar e mar
Agora vazio
Mar e mar
Sem ar, febril
Mar e mar
Sem água, calafrio

Onda vai e onda vem
E a única certeza que se tem
Ao juntar a água e o ar
O resultado será
Mar e mar.
© Blog do Itamario
Maira Gall