Bêbado, sozinho e sem vinho
Me encontro numa mesa de jantar
Sem saber o que fazer
Sem saber o que pensar
Meu coração dói
Minha cabeça lateja
Meu estômago se embrulha
A noite calma me assusta
O brilho da lâmpada incandescente queima
Só ouço minha própria respiração
E os estalos da geladeira
A mente maldita que não para
Pensa e repensa em todas as coisas ruins do mundo
Cavando prontamente um buraco sem fundo
A necessidade de aceitação e comunhão
Dilaceram lentamente a escassa motivação
Regam a angústia e a melancolia
Com amor, carinho e muitas regalias
Cinco horas da manhã:
Infelicidade permanece hasteada
Informando que a tristeza reina
E que a sua vida é terminalmente horrenda