27 de julho de 2015

Zéfiro maníaco-depressivo

Brisa estival
De uma noite sem graça
Aflora a vontade danada
de sair por aí
sem sentido
sem sua alma

E te tornas
sensitivo,
sensual.
Mas não te achas

Perca a linha
Desatina e vai
Absorva a tal malícia
Virgem guia
De vontades sádicas
E intenções quiméricas

Açoita o vento álgido
De uma tarde chovediça
Trazendo o desespero
Dizendo vem
volte de novo
verme cômico

E te tornas
vultuoso,
vômico.
E enfim te achas

9 de julho de 2015

(Bis)coito

O entrelaçar de dois corpos
O escambo de olhares
O encontro repetitivo de dois lábios

Vulnerável momento
Em uma via de mão dupla
Onde um deve ceder e receber
Para realmente conhecer

Ver através de suas máscaras
Ver suas alegrias e suas lastimas 
Expor e ser exposto
Mais pura endorfina

O suspiro mais sincero
Sentimento incomparável
Em algo tão natural

Por fim
Caminhos divergem
E o que resta é o pensamento
De quando tudo isso se repetirá
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Maira Gall