4 de junho de 2015

Inevitável destino

Ouça o canto da agonia
As trombetas do silêncio
O conforto da disritmia
O vento imóvel nas dimensões

Relaxe teu corpo tenso
Sinta o cheiro do sofrimento
Acolha as coisas sem explicações
Faça delas sua redenção

Abandonado pela sanidade
Sinta o seu cansaço
Testemunhe tudo o que já não há
E tudo aquilo que nunca será

Absorva a pulsação do medo
Por uma última vez, ria
A vida se tornou turva
O nada se tornou tudo
E por fim, arritmia.


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