5 de dezembro de 2015

O giro do moinho

O ardor de tua paixão
Originou uma cratera em mim

A fragrância ácida de tua pele
Queimam as lembranças remanescentes
Que ainda me ofereciam esperança

A aderência flácida das tuas mãos
Transparenta minha vontade frouxa
De suturar suas feridas incisivas
Mascarada por entre ambiguidades

O calor ardente emanado de teus lábios
Liquefazem a frieza cuja envolta
A essência do ser racional
Resultando em doses de lucidez
Oriunda das suas entranhas

E por fim o teu adeus
Iniciou a tradição cíclica
Repleta de parasitas imaginários
Ultrapassando qualquer psicotrópico
Que me faz crer e ser dos males
Submisso da necessidade de crescer
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Maira Gall