Sentado em seu trono
O rei pôs-se a cagar
Merda após merda
Até uma montanha criar
Escalando a montanha
O bobo cogitou
Que ideia brilhante
Jogar isso em quem o abandonou
Então pá após pá
O balde se encheu
E na volta ao tropeçar
pensou apenas "fudeu".
De cara primeiro
Encontrou o seu destino
Em um mar de bosta aterrissou
Como um fracassado bailarino
Deitado ali no emaranhado de fezes
Olhou pro teto e começou a chorar
"Por que comigo, meu amo?"
"Tudo o que quis era rir e brincar"
Com um olhar franzino
O rei se ergueu
E com o dorso da mão
Um tapa lhe concedeu
Chorando, ferido e coberto de fezes
O bobo somente aceitou
E por lá mesmo ficou,
Fechou os olhos e se deitou.